sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amor? HAHA

O texto a seguir é uma parceria minha e da minha estimada irmã Letícia, e mostra um lado do amor meio pessimista (ou realista, se você preferir) e um tanto bizarro que ambos vemos porém ainda não vivemos...



[L]Pensando debilmente sobre o amor e coisas assim enquanto leio alguns recortes antigos de revistas, dos trechos que eu, na minha ingenuidade proeminente destaquei-os como os mais “românticos” tempos atrás, começo a pensar se o amor é realmente tudo o que se diz. Será que nós não o supervalorizamos demais? Qual é, quem nunca ficou pensando no amor da sua vida, como alguém bonito e reluzente, com um perfume magnífico da D&G, roupas perfeitamente alinhadas e sorriso meigo? Só que, de fato, o amor não é desse jeito, acho que a sublimidade maior do amor está na imperfeição. No fato de gostar de alguém mesmo que esta pessoa esteja suja de lama ou com o cabelo bagunçado, mesmo que ela não lhe dê uma jóia da Tiffany e sim uma singela rosa. Acho que a essência é gostar de alguém pelo jeito exato como ela é, por seu sorriso meio desajeitado, seu jeito de abraçar envergonhado, o seu “te amo” subentendido...

Também nos equivocamos em relação ao modo de encontra-lo. Dificilmente ele aparecerá quando você estiver todo arrumado, perfumado e com o cabelo no lugar, em uma festa maravilhosa. O amor é brincalhão e gosta de surpreender, aparecer em momentos inesperados: no ônibus, você exausto de um dia terrível, na fila do quiosque da água de côco, você suado e derretendo, com aquele cheiro de protetor, no caixa do supermercado, você reclamando daquela moça que furou a fila...

[C]Enfim, o amor é uma caixinha de surpresas, podem ser tanto emoções como decepções, a vida não é como na ficção em que o "príncipe encantado" é descoberto num "amor a primeira vista" e é sempre um loiro, alto, forte de olhos claros ou uma mulher super gostosa de pele clara e no fim todos se casam e vão passar a lua-de-mel em Fernando de Noronha, ou no exterior...E daí buuuM! O baque da realidade ri da tua cara!

É, realmente, o amor é uma coisa feia e ruim, não há como fugir. Não existe amores idealizados concretizados, não existe nada disso, todo aquele romantismo frustrado é balela.No fim sua esposa ficará grávida, vomitará um balde por dia pela casa, desejará comer bacalhau com catchup e mostarda acompanhado de um mingau (tá, exagerei um pouco!) e depois na hora do parto você verá uma cabeça ensaguentada saindo da vagina da sua esposa, ou pela barriga mesmo.E como consequência ficará flácida e gorda, e se o parto for cesariana, prepare-se para mais enjoos...

[L]Mas é claro que meu irmãozinho Christiano está errado em relação a alguns pontos.. Em relação aos filhos e tudo o mais, sempre se pode recorrer a uma barriga de aluguel ou a cirurgias plásticas, Angelina Jolie está perfeita após gêmeos, não é? Porém concordo em alguns pontos. Você chega lá linda e loura achando que agora terá uma marido maravilhoso, uma casa maravilhosa, receberá presentes surpresas que você deixou marcados ocasionalmente em catálogos de revistas, e viverá em lua-de-mel para sempre. Até que..Plumft!..Aquele homem barrigudo e meio grisalho é seu marido? Se é, o que ele faz com os pés no seu puff de couro carríssimo, e ei, aquilo é uma cerveja em sua mão? E você consegue ouvir gritos agudos de "gooool" de algum locutor maluco. É querida, esta é a vida real. Amor, bye-bye.

[C]Apesar de todas as alternativas citadas pela minha irmã que o dinheiro pode oferecer, nada pode mudar a sensação de gerar um filho, vindo do teu sangue, fruto da consumação de uma paixão!...Agora temos provas de que o amor é feio. Claro, se pegarmos o sentido físico de ser feio, mas eu não quero começar com o mesmo bláblá de sempre sobre o amor. A SINCERIDADE É UMA MERDA! E isso é o que seu sonho de amor irá se tornar um dia.Apesar de tudo isso ser apresentado debochadamente é a verdade.

Amar é você ver sua amada(o) todo santo dia, aturar a cueca ou o absorvente jogado no chão (se bem que é mais comum o primeiro caso), comer uma comida quase queimada porque tua mulher é recém casada e não sabe cozinhar, ainda ser gentil ao agradecer pela comida e dizer que estava deliciosa, ou ser obrigada a deixar a televisão do quarto ligada por causa do jogo do "timão" e depois desligar a tv que ele esqueceu ligada e limpar a pipoca que caiu no chão.Amar é construir uma vida junto da parceira(o), mesmo que isso lhe custe as festinhas com várias mulheres e o happy hour, e mesmo assim você guardará consigo o dia de sua união, o dia mais feliz da sua vida, ali se firmou o marco do início de uma nova vida. E quando você conhecê-la profundamente, admirá-la, amar seus defeitos, pensar nela a todo instante, viver e trabalhar em função dela e da sua futura família, saboreá-la, senti-la no seu sangue, levantá-la e dar-lhe asas quando ela necessitar voar, sim, você realmente saberá o que é amar. Viver cada dia como se fosse o primeiro, esta é a essência do amor. É, aquele casal de velhinhos andando juntinhos, aqueles sim sabem do que estou dizendo (ou ao menos tentei). Realmente, amar é se contradizer.

[L]Ok maninho, desta vez você me surpreendeu em suas teorias. Realmente, amar é se contradizer. Não há algo certo em relação a este sentimento tão falado, superestimado, desejado e motivo de tantas frustrações de homens e mulheres, assunto principal de livros e filmes, almejado por garotas (e garotos quem sabe?) de todas as partes do mundo. O amor verdadeiro é, na verdade, conseguir superar todos estes aspectos um tanto negativos descritos acima, e, apesar de tudo, dizer, e de forma sincera, o tão esperado "eu te amo", criando o seu próprio "felizes para sempre".

Um comentário:

fala aê!