sábado, 7 de novembro de 2009

Incertezas

Eis-me aqui mais uma vez
tentando compreender o incompreensível que há dentro de mim
Que faz arder a alma de um homem
e o vício da dor me corroer assim
Queria eu poder desvendar o futuro
antes que minhas esperanças
esqueçam todas nossas lembranças

Ainda quero sonhar com esse céu, que mais parece um inferno
será você o meu fim, ou apenas o começo de um suicídio?
Dor e pesadelo que desejo arrancar de mim
Ó maldita esperança que sempre é a última a morrer!
Faz o homem perder a razão, insistir no erro
e apostar a vida com o destino

Nesse jogo do amor apenas seu beijo é almejado
só há um vencedor que com seu amor será honrado
E a distância torna essa disputa tão desleal
para o perdedor tudo que restará será nada
Seria eu o vencedor ou o perdedor?
Tanto faz, não tenho nada em mim para restar
é esse o preço que devo pagar

Mesmo que você morresse nada disso iria acabar
e esse meu amor iria um fim a minha vida dar
Ao menos assim talvez poderia te observar
quem sabe não te traria para meu inferno particular?
Uma alma em busca do paraíso
mas que ama ficar na escuridão
Pulsa insanamente em busca do inalcançável
este meu pobre coração

Não quero perder as esperanças
pois é a única incerteza que me faz te amar
Não quero ter toda riqueza desse mundo
pois tudo teria e mesmo assim sem amor viveria
Não quero ser o dono da verdade
pois meu mundo é surreal, tudo é idealizado
E esta realidade de mim tiraria a minha pouca felicidade

Como posso acreditar em felicidade,
se não posso te tocar?
Como posso acreditar no futuro,
se meu amor não passa de um sonho?
Mas, o que seria de um homem sem um ideal?
enquanto sentir esse fogo
viverei e morrerei por esta razão:
a busca do meu coração que de mim roubaste
No futuro ainda diremos: "não foi tudo em vão"
Eu preciso de algo no que acreditar

Queria poder acreditar em finais "felizes para sempre"
mas a paixão nessa ilusão me prendeu com correntes,
escravo da dor serei eternamente
Eternamente? Não.
Não quero que nosso amor seja eterno,
pois não viverei para sempre
Apenas quero poder sentir o sabor do teu beijo,
até o meu último suspiro
Você é meu anjo, meu paraíso

Afinal, acho que me contrariei
sim, foi por você que tudo errei
Juro que esse erro ainda será o meu melhor acerto
E aqui o poeta da dor se despede
deixando o dilema que todo dia aos apaixonados se repete
Quem disse que o amor sempre está certo?
Você ama, você odeia, você luta, você perdoa
Esse é o dilema que em mim ecoa
Na busca desta resposta impossível
para esta pergunta inexistente...
Concluí que só há uma certeza para o esperançoso persistente
Esteja certo ou errado, a amor é a maior riqueza
Se quer amar o amor primeiro aprenda a amar
a "eterna incerteza".

3 comentários:

  1. uau, ainda é poeta! HAHA! muito bom o blog, adorei os textos, mais esse em especial, e aquele que tu escreveu com a letícia, eu achei os melhores!
    beeijos :*

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  2. tá, a inspiração foi erronea, mas o poema ficou mt perfeito, meesmo! *-* (talento é coisa que impera em nossa família)

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